Doses maiores

17 de maio de 2010

O Irã e o “imperialismo jr.” brasileiro

A grande notícia do dia foi o acordo assinado entre o Irã e a Turquia. O acerto atenderia fortes pressões internacionais no sentido de impedir que os iranianos disponham de armas atômicas.

O governo comemora a “grande vitória da diplomacia brasileira pela paz mundial”. A oposição e a grande mídia estão tendo dificuldades para discordar.

Em primeiro lugar, o acordo parece mostrar que venceu a hipocrisia de Estados Unidos e Israel. Dois países que montaram seu arsenal atômico conseguem impedir que um outro faça o mesmo.

Em segundo lugar, tudo não passa de mais uma ação para credenciar o Brasil a fazer parte do clube dos poderosos do planeta. Os objetivos são um assento no Conselho de Segurança da ONU e conseguir mais regiões do mundo para que grandes empresas com sede no Brasil possam explorar.

É o chamado “subimperialismo” brasileiro, que existia muito antes da eleição de Lula. Já vem fazendo estragos na América Latina, África e Oriente Médio desde, pelo menos, os governos militares.

Lula só vem se revelando um ótimo advogado dessa versão júnior do imperialismo. Que briga pelas regiões que o imperialismo veterano não consegue explorar. Coisa feia!

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