Doses maiores

3 de fevereiro de 2011

Estados Unidos: feios, sujos, malvados

O site Wikileaks revelou que o ex-cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Christopher McMullen, classificava aqueles que solicitavam vistos para visitar seu país em "bons", "maus" e “feios”. Uma referência a um filme do italiano de Sergio Leone, cujo nome em inglês é "The Good, The Bad and The Ugly". No Brasil, "Três Homens em Conflito".

Não é difícil imaginar que a tipos de preconceito e discriminação se referiam algumas dessas classificações. As categorias “feios” e “maus”, provavelmente, devem corresponder principalmente a pobres e não brancos.

Talvez, devêssemos adotar classificação semelhante quanto às relações que o estado norte-americano estabelece pelo mundo. Nesse caso, outro filme italiano seria utilizado como referência. Trata-se de “Feios, sujos e malvados”, de Ettore Scola.

Sujas seriam figuras como Hosni Mubarak, que reina sobre o Egito há 30 anos. Mas, Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos, não o considera um ditador. Para ele, seria um dos “bons”. Malvadas são as várias ditaduras sangrentas que o imperialismo americano sustenta. Para o governo americano, são apenas os menores dos males.

Feios, mesmo, seriam os povos que se revoltam contra essa sujeira toda. É o que certamente acha a classe dominante ianque em relação ao povo egípcio. Algo que a pose de bonzinho de Obama não consegue esconder. É o pior dos atores à frente da mais porca das potências modernas. Responsável pela maior parte da podridão que reina pelo mundo atual.

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