Os grandes jornais e os especialistas de sempre atribuem a crise na Grécia a excessos. Os gastos governamentais seriam elevados, o setor público inchado, os salários altos e haveria direitos trabalhistas e sociais demais.
Não são o que dizem números publicados no jornal de esquerda Socialist Worker, da Inglaterra. Alguns deles: as despesas com o setor público grego somam 40% do PIB do país. Na Inglaterra, são 45%.
Um em cada cinco gregos vive abaixo da linha da pobreza, recebendo cerca de R$ 2.600 por ano. Por volta de 14% dos trabalhadores têm renda familiar menor que R$ 1.080,00 mensais.
O valor médio das aposentadorias não chega a R$ 950,00.
O desemprego atinge cerca de 11% da população economicamente ativa. Bem antes da crise, já eram 600 mil pessoas sem emprego.
A Grécia ocupa o quinto lugar em desigualdade de renda entre os 27 membros da União Européia. Os 20% mais ricos ganham seis vezes mais que os 20% mais pobres.
A cesta básica é 66% mais cara que na Alemanha.
Os professores recebem no início da carreira, cerca de R$ 2.300, enquanto seus colegas ingleses começam com R$ 3.500.
Estes são só alguns números. Mostram que os trabalhadores gregos não são culpados pela crise. Por isso mesmo, estão nas ruas se recusando a pagar por ela.
Fonte: http://www.socialistworker.co.uk/art.php?id=21241
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