Segundo recente pesquisa do Datafolha, 65% dos entrevistados consideram a televisão o principal meio para obter informações sobre as eleições. Boa notícia para os donos do poder.
A TV está presente na vida de milhões de brasileiros diariamente. Impôs-se de forma massacrante durante a ditadura militar. Apoiada em imagens, sons e edições atraentes, ela distorce, omite, mente, calunia.
Assim, o primeiro lugar que a TV conquistou na preferência popular não é apenas uma opção. É uma conquista ideológica da classe dominante. Algo que nenhuma das candidaturas melhor colocadas nas pesquisas pretende desafiar.
A opção preferencial dos controladores da grande mídia é Serra. Mas, nem Dilma nem Marina são cartas fora do baralho. Afinal, vivem prestando homenagens à política econômica implantada por FHC. Fazem de tudo para se credenciarem como candidatas de confiança da burguesia.
Ao mesmo tempo, Dilma Rousseff terá 40% do total do tempo de TV no horário eleitoral obrigatório. Serra ficará com 29,5% desse bolo. Marina Silva contará com 5%. Os pouco mais de 25% restantes serão divididos entre dez candidatos de partidos menores.
Dentre os partidos de esquerda, o PSOL é o que está em melhores condições para desmascarar o pensamento neoliberal. Seu candidato é Plínio de Arruda Sampaio, com grande capacidade de comunicação e convencimento. Mas terá muito pouco tempo para divulgar suas idéias e programa.
Mesmo assim, vale a pena enfrentar a batalha eleitoral. É um importante momento para debater com a população e seus setores mais militantes. Fazer muitas denúncias e organizar lutas. Entre estas, o combate contra a ditadura da TV.
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