A reunião do G-20, realizada na Coréia do Sul, acabou sexta-feira sem acordos concretos. Mas, digamos que tivesse sido vitorioso, a quem interessaria? Vejamos. O G-20 é formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Européia. Seus membros respondem por 90% de toda a riqueza mundial, 80% do comércio internacional e 2/3 da humanidade.
Mas esses números não ajudam muito. Um estudo sobre a concentração da riqueza no planeta pode nos esclarecer melhor as coisas. Trata-se de dados sistematizados pelo Instituto Mundial de Pesquisa Econômica do Desenvolvimento, da Universidade das Nações Unidas. Segundo a pesquisa, em 2000, os 2% mais ricos da população adulta detinham mais de 50% da riqueza do planeta.
Ora, 2% da população do planeta são algo em torno de 120 milhões de pessoas. Por outro lado, os países do G-20 reúnem uma população de quase 4 bilhões de almas. O estudo já tem 10 anos. Mas, é muito provável que continue atual. Talvez, o quadro tenha até piorado, depois das crises econômicas de 2000 e 2008. Assim, pergunta-se: a quem defendiam os governantes reunidos na Coréia? Os 120 milhões de ricos ou os 3,8 bilhões restantes?
Uma dica: Lula é considerado uma liderança que fala em nome dos pobres no mundo. Mesmo assim, suas comitivas para tais eventos estão sempre recheadas de grandes empresários. Gente que está longe de pertencer aos 98% da população menos rica do planeta.
Leia mais sobre o estudo aqui (em inglês)
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