Entre
1996 e 2007, a economia espanhola cresceria em média de 3,8% ao ano, mais do
que a da Alemanha e acima da média europeia, de 2,4%. Nessa época, o país se
orgulhava de ter reunido nos últimos 15 anos a maior capacidade de crescimento
da Europa e da alta vertiginosa da renda per capita, que atingira € 26,5 mil.
A situação era
tão boa que o socialista Zapatero, primeiro-ministro na época, declarou:
Superamos
a média europeia de renda per capita e superamos a Itália, coisa que deprime
muito o primeiro-ministro (Silvio) Berlusconi. Nosso objetivo é superar a renda
per capita da França em três ou quatro anos. Meu amigo Sarkozy não quer
admiti-lo, mas é assim.
Estas palavras
foram ditas em setembro de 2008, dias após a quebra do Lehman Brothers. Mostram
o quanto o ato de governar para o capital pode ser enganador. Mesmo para quem
governa com o carinho e a dedicação mais desavergonhada.
Zapatero riu antes
acreditando que ria por último. Mal teve tempo de chorar, logo foi substituído
por um conservador que já começa a derramar algumas lágrimas. Seria bom outros
governantes do planeta prestarem atenção. Muitos deles acreditam estar acima das crises.
De qualquer modo,
chorar mesmo, sobra sempre para os explorados.
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