Fazendo
referência à situação da época ele afirma:
Do
mesmo modo que os patrões se esforçam para aparecerem como benfeitores dos
operários, os funcionários e seus lacaios se esforçam para convencer os
operários de que o czar e o governo czarista se preocupam com os patrões e os
operários na mesma medida, com espírito de justiça.
No texto de
Lênin, a greve ensina aos operários que a neutralidade governamental é uma
farsa. A polícia, o exército, os juízes e as leis viram-se contra eles da
maneira mais brutal e aberta.
A greve em
andamento nas universidades federais não envolve operários e patrões. Mas ex-operários
e antigos trabalhadores representam o governo. Apesar disso, não negociam,
recusam-se a aumentar as verbas para o setor, criaram entidades pelegas para
dividir o movimento. Comportam-se de modo tão indigno quanto os lacaios a que se
refere Lênin.
Lênin dizia que
os sindicatos podem ser escolas do socialismo. As greves seriam como cursos intensivos.
O atual ministro da Educação foi vice-presidente nacional do sindicato dos professores
universitários. Deve ter aprendido muito com as lutas e paralisações da
categoria.
As lições mais importantes
vieram, certamente, das negociações. Aprendeu com antigos governos como
enrolar, adiar, enganar. Agora, Mercadante faz uso do aprendizado. Como muitas
outras antigas lideranças populares que participam do atual governo, vai
chegando à pós-graduação em peleguismo.
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Em comparação com o antigo ministro, o Haddad, tenho a certeza de que ele era mais digno em sua gestão; apesar dos pesares - como o Prouni, Reuni, etc - ele mantinha um discurso pró educação.
ResponderExcluirMercadante, por outro lado, nem isso tenta. Bastou a vitoria dos 10%, que ele veio reclamar de uma verba que, mesmo que lentamente, iria para seu ministério - seu ministério!
Enfim; apesar de estar sem aulas, torço para que a greve seja vitoriosa.
Obrigado por seu comentário, Rodolfo. E pelo apoio ao movimento grevista.
ExcluirAbraço!