Mas
de que igualdade ele fala? Vejamos o que dizem Inês Castilho e Andrew
Barker. Eles publicaram o artigo “EUA: o aumento brutal da desigualdade” no site
Outras Palavras, em 24/01.
O
texto anuncia o documentário “Desigualdade para todos” do economista Robert
Reich. A produção revelaria como 400 norte-americanos tornaram-se mais ricos
que metade da população do país, ou melhor, 150 milhões de pessoas.
A
matéria revela, por exemplo, que em 1978:
...um trabalhador homem norte-americano típico
ganhava cerca de 48 mil dólares anuais, enquanto um profissional de elite
recebia cerca de 393 mil dólares anuais. Em 2010, o trabalhador médio viu seus
ganhos reduzidos a 33 mil dólares anuais, enquanto o profissional do topo pulou
para mais que o dobro, aproximadamente 1,1 milhão de dólares anuais.
Tudo
isso graças às políticas neoliberais, denuncia Reich. O problema é que ele foi
secretário do Trabalho dos Estados Unidos durante o governo Clinton. Mas não
cita o papel do democrata “na desregulamentação financeira que viria abalar a
economia mundial uma década depois”, lembra a matéria.
O
documentário parece achar que o sistema precisa de um bom conserto. Mas o
capitalismo não está funcionando mal. Só está funcionando do jeito que sabe
funcionar: produzindo desigualdades.
Nesse
sentido, a igualdade para gays, mulheres e imigrantes já existe. Eles já fazem
parte da grande maioria de americanos igualmente explorados. E não é para eles que
Obama governa.
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