“As razões do mau humor no
voto empresarial”. Com este título, Letícia Casado publicou matéria no jornal
Valor, em 29/05. Ela ouviu 20 executivos sobre a sucessão presidencial, nos
últimos dois meses. Na condição de anônimos, falaram empresários de São Paulo,
Rio, Paraná, Ceará e Pernambuco, representando 15 ramos econômicos importantes.
A reportagem constatou um
grande “azedume” em relação a Dilma. O presidente de uma grande seguradora, por
exemplo, diz que o setor não quer sua reeleição. Outro que se queixou muito foi
um executivo de uma montadora de automóveis.
O primeiro não deveria
reclamar. O setor de seguros cresceu 16,6%, em 2013. Muito mais que qualquer
outro e graças ao mercado de previdência privada, que vem sendo ampliado pelos
governos desde a época do tucanato. Já o segundo, é do setor mais beneficiado
pelas isenções fiscais promovidas pelo governo federal.
Muitos elogiaram Lula, dizendo
que ele “se assessorava melhor do que Dilma”. Citam Henrique Meirelles entre os
exemplos da época do ex-presidente. Disseram que os atuais auxiliares da
presidenta não têm “experiência de mercado”. “Tem que ter um banqueiro na
Fazenda”, afirmou um deles.
Por fim, o presidente de uma
empresa de vestuário declarou não votar no PT por causa do Bolsa Família. Sua
empresa atua no interior do Nordeste e estaria com dificuldades para contratar
por causa do programa.
Estamos falando de grandes representantes
do chamado “capital produtivo”. Setor que vem sendo priorizado pelos governos
petistas. É muita ingratidão! Só não são mais ingratos com o PT do que vêm
sendo com os tucanos, que também nunca deixaram de lhes dar uma bela mãozinha.
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desgostos
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