O pior da Copa do Mundo não
aconteceu dentro dos estádios. Enquanto a seleção brasileira apanhava mais uma
vez no futebol, pelo menos 37 pessoas eram presas. Seu crime? Nenhum. Só a
provável intenção de participar de manifestações contra a Copa, no dia seguinte, durante o jogo final do torneio.
Enquanto a Alemanha era
campeã sobre a Argentina, cerca de 500 pessoas foram violenta e covardemente
reprimidas por cerca de 1.000 policiais, no Rio de Janeiro. Seu crime? Tentar se manifestar. Antes
disso, no começo de julho, a PM já havia prendido militantes e advogados, em São
Paulo. Também acusados pelo crime de exercer seus direitos democráticos.
Todos esses atos autoritários
e violentos estão amparados juridicamente pela Lei Geral da Copa. Legislação que
viola a própria Constituição do País. Mas, politicamente, eles são de
responsabilidade dos governos. Inclusive, e principalmente, o federal.
É como disse o delegado da
Polícia Civil no Rio de Janeiro, Orlando Zaccone:
A Presidente Dilma é
responsável não só pelas prisões dos manifestantes do Rio, como os de São Paulo
e no restante do país. A estratégia de definir os ativistas no crime de
quadrilha armada, associação criminosa, milícia, etc, foi definida em reunião
do Ministro da Justiça com os Secretários Estaduais de Segurança.
Esta é mais uma prova de que os
governos petistas bandearam de vez para o campo conservador. Muitos dos que se hoje
são “autoridades” por sua participação em lutas passadas causam o luto
democrático que estamos vivendo. Esperam o agradecimento penhorado das forças
de direita. Talvez, sejam os próximos a sentir o peso de suas patas.
Leia também: As joelhadas na democracia
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