A grande imprensa vai mostrando porque é um dos partidos mais poderosos do grande
capital e sua fração mais lúcida.
Diante da grave crise política por que passa o governo Dilma, o Globo publicou editorial
em 07/08 mostrando o caminho. Pediu que os partidos políticos dessem “condições
de governabilidade ao Planalto”
No dia seguinte, o mesmo jornal emitiu nova opinião sobre a crise na página 3. Desta
vez, afirmou que a realização de novas eleições exigida por PDSB e Dem equivale
a colocar a carroça à frente dos bois.
O editorial da Folha de 08/08 vai no mesmo sentido. Em “Vácuo de legitimidade”,
o jornal paulista chama de “inoportuna” a proposta da oposição conservadora. E ainda
acusa um ala dos tucanos de pretender “subordinar os meios jurídicos a seus
fins eleitorais, vergando as regras da democracia para encurtar o caminho até o
poder”.
O texto da Folha também alerta para a complexidade e riscos que envolveriam um processo
de impeachment, considerado pelo jornal mais político que jurídico.
Já o editorial do Globo de 08/08, dedicou-se a bater no PT. Recomenda ao
partido que apoie seu “próprio governo” sob o risco de voltar a seus “grotões”:
sindicatos e movimento sociais.
Mas o recado implícito é destinado à oposição de direita: batam à vontade no
PT, mas poupem Dilma. Afinal, a presidenta precisa de tranquilidade para implementar
o ajuste neoliberal que nunca prometeu fazer antes de ser eleita.
Como se vê, o partido da grande mídia sabe que é preciso fazer. Nosso azar é que
o campo conservador provavelmente seguirá suas orientações. Desorientação, mesmo,
só na esquerda.
Leia também: Várias razões para
defender Dilma. Nenhuma que preste
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