O ajuste neoliberal do governo Dilma ganhou reforços de Renan Calheiros. A tal Agenda
Brasil quer fazer no varejo o que Joaquim Levy pretende implementar no atacado.
Entre as propostas de Calheiros, o pagamento pelos serviços do SUS, aumento da
idade para aposentadoria, liberação da exploração das terras indígenas, desmonte
total da legislação ambiental, terceirização liberada, mais concessões para o
capital nacional e estrangeiro, mais dinheiro público para o setor privado.
O governo aceita discutir essa pauta vergonhosa para fazer as pazes com Renan e
isolar Cunha. Mas as propostas de um são as do outro. Ambos representam os
mesmos interesses ligados ao grande capital. Por isso, dirigem um Congresso Nacional
cujos membros, em sua quase totalidade, foram eleitos com generoso financiamento
empresarial.
Na verdade, há um grande pacto sendo fechado entre governo, parlamento (incluindo a oposição), grandes empresários e pelegos em geral. A dúvida maior é
se esse acordo funciona melhor com Dilma ou sem ela. A grande imprensa já fez
sua proposta: sangrar a presidenta sem matá-la, massacrar o PT sem dó, endeusar
Levy e salvar o ajuste neoliberal.
E enquanto isso, uma legislação contra o direito à manifestação está sendo
aprovada na Câmara. O pretexto é combater o terrorismo. O verdadeiro alvo é
quem luta contra a injustiça e a exploração. Não à toa, o projeto é assinado
pelo tucano Joaquim Levy e pelo petista José Eduardo Cardozo.
Os únicos que estão de fora desse arranjo sujo é a maioria trabalhadora. São os
que já estão pagando a conta da crise e a quem querem impedir até de resistir. Não
conseguirão.
Leia também: O partido da grande
imprensa quer tranquilidade para Dilma
Nenhum comentário:
Postar um comentário