“Algoritmos são opiniões
transformadas em código”. Esta frase da matemática estadunidense Cathy O´Neil serve
de título para nota publicada na página do Instituto Nacional de Matemática
Pura e Aplicada, em 24/08. Segundo ela:
Dizem que eles estão ajudando a
tornar o mundo mais justo por se basearem em modelos matemáticos. Mas vivemos
numa sociedade historicamente racista, sexista etc.
Não deveria ser novidade. Afinal, dizem
que algoritmos são séries de instruções passo-a-passo que descrevem
explicitamente várias operações. Instruções são dadas por pessoas. Pessoas que,
como lembra Cathy, vivem “numa sociedade historicamente racista, sexista” e vários
outros “etcs” nada animadores.
Dito isto, vamos a algumas notícias recentes
envolvendo algoritmos, inteligência artificial e robótica.
Em 03/09, matéria de Eduardo Vanini anuncia:
“Inteligência artificial ganha espaço em processos seletivos”. O texto afirma que
robôs já são usados para entrevistas e mapeamento de habilidades.
Segundo coluna de Ronaldo Lemos publicada
na Folha, em 11/09, um estudo publicado na Universidade de Stanford teria
comprovado que a inteligência artificial é capaz de determinar se uma pessoa é
gay com a análise de apenas uma foto na internet.
Pedro Dória divulgou no Globo, em 08/09,
um levantamento da Fundação Getúlio Vargas demonstrando enorme presença de
robôs nos grandes debates políticos em comunicações pelo Twitter. Levantamento semelhante
no Facebook não foi possível porque o portal “não permite acesso aos seus dados
neste nível”.
De qualquer maneira, o estudo descobriu
que nas eleições de 2014, robôs representaram até 10% do debate. Mas, pasmem, na
greve geral de abril último, 20% das interações no Twitter foram forjadas por
algoritmos.
E quem controla os algoritmos? Cathy
já respondeu.
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