Quando os sovietes tomaram o poder em São Petersburgo, registrou-se apenas
uma morte. No dia seguinte, em Moscou, foram 300 revolucionários mortos. Era a
primeira aula de brutalidade.
Abaixo, alguns episódios descritos no livro “História da Guerra Civil
Russa 1917 – 1922”, de Jean-Jacques Marie.
No rastro da tomada do poder pelos sovietes na Rússia veio a revolução
finlandesa em janeiro de 1918. Mas o levante foi massacrado.
Cerca de 80 mil Vermelhos são levados para os
primeiros campos de concentração da guerra civil: 12 mil morrem de fome e tifo,
sem contar os que são fuzilados.
(...)
Tribunais de exceção constituídos em meados de
maio de 1918 julgam em alguns meses 67.788 Vermelhos: 90% são condenados à prisão,
sem contar 555 condenados à morte, a metade é executada.
(...)
Os acontecimentos da Finlândia soam como um aviso
para os bolcheviques: se forem vencidos, serão liquidados e massacrados como os
operários socialdemocratas de esquerda finlandeses.
Em 12 de janeiro de 1918, em Kiev, Ucrânia, 5 mil operários
bolcheviques se rebelam e proclamam o poder dos sovietes.
Em 22 de janeiro, tropas contrarrevolucionárias reagem. Fuzilam 1.500 operários.
No dia seguinte, o Exército Vermelho toma Kiev de assalto. Em
represália ao assassinato dos 1.500 operários, 400 oficiais são fuzilados.
Finalmente, em 23 de fevereiro, os soldados vermelhos retomam o
controle total da região. As forças contrarrevolucionárias fogem.
Lênin acreditava que a guerra civil estava terminada, mas era apenas o
início de um aprendizado brutal.
guerra a palavra mais triste quem tem Deus tem paz quem tem Deus tem amor quem tem Deus nao faz guerra
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