Continuamos comentando o livro “Armadilha da identidade”, de Asad Haider. Desta vez, destacando o surgimento do “nacionalismo negro” nos anos 1970. Um fenômeno que segundo ele:
Ainda segundo, Hader, essa política:
...concebida unicamente em termos de unidade racial impossibilitava qualquer contestação estrutural ao imperativo capitalista e sua transferência dos custos da crise econômica ao trabalhador. Os políticos negros facilitaram a ofensiva dos patrões, voltando-se contra os elementos da classe trabalhadora que eram parte da sua base de apoio.
A saída, então, seria colocar um negro no lugar de cada político branco. Desse modo, pergunta Hader:
O que poderia ser mais conveniente
para um político negro recém-eleito, doido para angariar as graças dos donos do
poder econômico, do que reduzir a política à identidade?
As consequências viriam décadas depois, com a eleição de um presidente negro neoliberal moderadamente progressista, sucedido por um branco neoliberal extremamente reacionário.
Leia também: A necessária identidade entre o combate às opressões e o anticapitalismo
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