Em 1928, o parlamento da província de Alberta, no Canadá, aprovou uma lei permitindo esterilização em certos casos. Mas foi remodelada nove anos mais tarde de modo a admitir a esterilização forçada. Até a lei ser cancelada em 1972, de um total de 4.700 procedimentos desse tipo, 60% haviam sido autorizadas.
Na Suíça, uma lei permitindo a esterilização sexual compulsiva de deficientes mentais manteve-se em vigor no cantão de Vaud de 1928 até a década de 1970. Enquanto isso, no resto do país, mesmo sem cobertura legal, havia médicos que executavam esterilizações sob pretextos terapêuticos.
Na Dinamarca, uma lei de 1929 garantiu a esterilização de cerca de 11 mil pessoas até 1967. Na Suécia, legislação semelhante foi aprovada em 1934. Quando ela foi abolida, em 1976, haviam sido praticadas cerca de 63 mil operações, na maioria em mulheres. Na Noruega, a lei é do mesmo ano. Quando foi revogada em 1977, já haviam sido feitas 41 mil intervenções desse tipo.
A partir das primeiras décadas do séulo 20, racistas germânicos e eugenistas estadunidenses estabeleceram relações amistosas e de colaboração. Era possível encontrar na correspondência acadêmica trocada entre cientistas de ambos as origens descrições em que as chamadas “raças inferiores” eram comparadas a bactérias infecciosas ou ratos e suas migrações a invasões de animais pestilentos.
As informações acima estão no livro “Labirintos do Fascismo”, de João Bernardo. Mostram como aquilo que seria tratado como uma aberração nazifascista após a Segunda Guerra era muito comum entre governantes e cientistas do chamado mundo democrático.
Na próxima pílula, mais detalhes sobre a suja colaboração germano-norte-americana no campo da eugenia.
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E eugenia é internacional
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