Desde 2008, o governo Lula comemora o fim da dívida externa. Na verdade, a maior parte dela transformou-se em dívida interna. As duas juntas somam mais de R$ 2 trilhões, devidos pelos vários níveis de governo a empresas e banqueiros.
Somente parte de seus juros é paga todos os anos. O principal continua rolando às custas de cortes nas verbas da saúde, educação, transportes, habitação, aposentadoria.
Enquanto isso, os ricos investem em títulos da dívida interna, que são corrigidos pela maior taxa de juros do mundo. Assim, quem já tem muito, fica com mais.
É o que mostra o estudo “Os Ricos no Brasil”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao governo federal. Segundo a pesquisa, cerca de 20 mil famílias brasileiras ficam com 70% dos juros pagos pelos títulos da dívida pública.
Além disso, em 95, o governo Fernando Henrique acabou com a distinção constitucional entre empresa brasileira e estrangeira. Em 2006, o governo Lula livrou do pagamento de impostos estrangeiros que investem em títulos públicos. Tudo isso junto significa que os mesmos setores de sempre continuam a lucrar com essa ciranda imoral.
Por isso, deixaram a dívida externa morrer. Sua herdeira está aí, enchendo a barriga dos ricos e se alimentando das desgraças dos pobres.
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