"Países como a China, o Brasil e a Índia estão crescendo, criando mercados e oportunidades para nossos povos. Tais nações crescem porque estão baseadas nos valores que os Estados Unidos e o Reino Unido defendem”.Alguns exemplos podem confirmar as palavras do presidente americano.
Em 06/05, a Folha Online, publicou nota com o título “Cenas do capitalismo à chinesa”. Uma foto mostra multidão na entrada da loja oficial da Apple em Pequim, no primeiro dia de venda do iPad 2. Trata-se de equipamento produzido pela Foxconn. A empresa ficou conhecida pelas péssimas condições de trabalho e baixos salários. Situação que teria motivado o suicídio de 14 de seus funcionários, em 2010.
A economia brasileira é outro exemplo do respeito aos valores citados por Obama. Basta lembrarmos as tragédias sociais que vêm sendo causadas por empresas como a CSA, no Rio de Janeiro. Por Belo Monte e Jirau no norte do País. Ou pelos choques de ordem nas grandes cidades, que atinge violentamente as populações pobres.
Tal como na China, são inegáveis as demonstrações do progresso capitalista. Um tipo de desenvolvimento que começou nas escuras, sujas e mortais fábricas londrinas. Financiadas pela escravidão nas Américas e pela pirataria apoiada pela coroa britânica.
Quanto aos Estados Unidos, citemos o historiador estadunidense Howard Zinn. Em seu livro “Uma história do povo dos Estados Unidos”, ele denuncia inúmeros episódios de perseguições, prisões, torturas, assassinatos, massacres. Suas vítimas: indígenas, negros, sindicalistas, migrantes, mulheres, homossexuais. Sem falar nos povos espalhados pelo planeta.
Obama não deixa de ter razão.
Leia também: Por um internacionalismo socialista
Imperialismo brasileiro no Peru
Nenhum comentário:
Postar um comentário