A revolta se espalha pela Espanha. As ruas estão tomadas por multidões em cerca de 60 cidades. É a resposta popular à terrível crise econômica que toma conta do país. Muitos setores envolvidos nos protestos dizem que se inspiraram nas manifestações que acontecem nos países árabes e africanos. Na Tunísia, Egito, Síria, Bahrein, Iêmen.
Mas, diferente do que acontece na Espanha, a maioria dos revoltosos árabes e africanos quer ter o direito de eleger seus governantes. Já no país europeu, os manifestantes mostram desprezo pela política institucional. Uma das palavras de ordem do movimento é “Nem políticos, nem banqueiros”.
Houve eleições municipais neste final de semana. O Partido Socialista, que está no poder, foi o grande derrotado. Porém, os manifestantes espanhóis não estão satisfeitos. Já não agüentam uma democracia em que os grandes partidos se revezam no papel de manter e aprofundar a exploração econômica.
Talvez, tanto as revoltas do mediterrâneo como do oriente árabe sinalizem uma onda internacional de protestos. Só que envolvem problemas e situações bastante diferentes. De um lado, as forças populares estão fartas de falsas democracias. Do outro, não agüentam mais ditaduras bastante reais. Um ponto em comum é a crise econômica.
Nesse cenário desigual, o desafio é descobrir o que pode unificar as lutas. O fato é que são várias as formas que a dominação capitalista assume. Pode vestir ternos bem cortados ou envergar pesadas fardas militares.
No início do século 20, a situação dos trabalhadores no mundo era ainda mais desigual. No entanto, um internacionalismo combativo floresceu. Seu objetivo maior era a derrota do capitalismo e a construção do socialismo.
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