A frase acima se tornou parte do senso comum. Alguns a utilizam com as melhores intenções. Mas, há quem a diga pensando no complemento “trouxa” no final. Neste último caso, estão a grande mídia, governos e as empresas cheias de “responsabilidade social”.
Faça sua parte. Use sacolas retornáveis. Jogue o lixo no lixo. Economize luz, água, gás. Não polua o ar com seu churrasco de laje. Não seja consumista.
As indústrias de Eike Batista emporcalham o ar e a água de regiões inteiras do país. Marcas de grife utilizam mão de obra escrava. Os governos europeus e americano bancaram o prejuízo que os banqueiros tiveram em 2008.
A Copa e as Olimpíadas serão a grande festa das empreiteiras no Brasil. Enquanto isso, populações pobres são expulsas para a construção de arenas esportivas. E não nos esqueçamos das centenas de lutadores sociais mortos anualmente sem que praticamente ninguém tenha sido punido.
Ou seja, quando eles fazem a parte deles, destroem a nossa. Passam por cima de tudo o que não sirva a seus interesses.
O chamado senso comum é assim. Tem elementos verdadeiros e corretos, mas eles precisam ser contextualizados. Devemos arrancá-los de seu uso sujo pelos poderosos. Faz parte da chamada disputa de hegemonia.
Claro que cada um deve fazer sua parte. Num time, numa greve, no local de trabalho, na família e na vizinhança, na escola, entre amigos. Só que há interesses opostos na sociedade.
A parte que cabe a cada um de nós precisa integrar a luta coletiva dos explorados e ofendidos.
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