Nesse ano, começou a ser implantado o Plano Real. A inflação diminuiu bastante. Na realidade, os preços foram
congelados pelo pico e os salários pelo piso. Mas o alívio geral tornou quase proibido
falar em correção salarial.
Era o fim das
correções automáticas de preços. Será? Não é o que diz Maria Lucia Fattorelli,
em boletim da Auditoria Cidadã da Dívida, de 03/07:
...
a partir de 1995, enquanto os salários dos trabalhadores ficaram congelados, a
atualização da dívida pública tem sido feita de forma automática, mensalmente,
e por índices calculados por instituição privada (Fundação Getúlio Vargas) que
tiveram variação muito superior ao índice oficial de inflação do país (IPCA)
Os capitalistas
passaram a lucrar menos com a inflação. É muito mais negócio, agora, investir
em títulos da dívida pública. Pagam os mais altos juros do mundo e retiram renda
da maioria da sociedade sem que ela note. Maria Lúcia dá um exemplo:
Enquanto
o governo e a imprensa fazem um verdadeiro terrorismo diante da hipótese de
gastar R$ 279,8 bilhões em 2012 com toda a folha de trabalhadores de todos os
órgãos federais ativos, aposentados e pensionistas, nada se fala do gasto com a
dívida pública, superior a R$ 2,1 bilhões POR DIA!
Lavagem cerebral
é outro conceito que quase ninguém usa mais. Exatamente porque já funciona com perfeição.
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