Depois, vieram
as greves do ABC e as revoltas estudantis e populares contra a ditadura.
Surgiram PT, CUT e um dos maiores movimentos de resistência popular da história
do País. Sua grande liderança era o metalúrgico Luís Inácio da Silva.
O responsável
pela falsificação foi Delfim Netto, Ministro da Fazenda na época. Em 1968, ele
participou da reunião que aprovou a decretação do Ato Institucional no 5
(AI-5). Ao votar, declarou ao presidente Costa e Silva:
...
estou plenamente de acordo com a proposição que está sendo analisada no
Conselho. E, se Vossa Excelência me permitisse, direi mesmo que creio que ela
não é suficiente.
O AI-5 deu à
ditadura de 1964 poderes absolutos e inaugurou um período de intolerância e
terror contra qualquer tipo de oposição. E tudo isso para Delfim não era “suficiente”.
20 anos depois,
Lula foi eleito presidente. Delfim tornou-se um de seus conselheiros. Em 23/08/2010,
Lula declarou:
Um
povo politizado, como o de São Paulo, deixou de eleger um Delfim Netto e elegeu
outras pessoas, quem sabe tão merecedoras de voto como ele, mas bem menos
competentes para ser parlamentares como ele (O Estado de São Paulo).
Agora, Delfim diz
que os sindicatos deveriam parar de exigir reposições salariais. E conta com “companheiro
enturmado” Gilberto Carvalho para convencê-los disso. Desde 1977, muita coisa
mudou. E não foi Delfim.
Leia também: A
pequena política do PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário