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não excluo uma operação eleitoral visando insuflar a população de classe média
e alta contra “os bandidos”, isto é, contra os pobres. Espalhando o medo e o
sentimento de ameaça à propriedade privada, alguns políticos esperam ganhar
eleitores com a proposta de “tolerância zero”, isto é, aumentar o extermínio.
A advertência mostra
que a barbárie na cidade mais rica da América do Sul deve se intensificar. Para isso conta
com o ódio tucano aos pobres.
O JP Morgan entra
nessa conversa com um trecho do artigo “Banco JP Morgan, presságio de novo
Apocalipse”, do economista mexicano Alejandro Nadal:
A
economia mundial enfrenta o risco de uma nova queda. A crise atual poderá ser
apenas o preâmbulo de novo Apocalipse. O exemplo mais recente é o das perdas de
mais de 2 bilhões de dólares do JP Morgan em maio, por ter cometido erros
flagrantes, segundo as palavras do seu arrogante chefe Jamie Dimon.
Nadal diz que a
situação é resultado da enorme especulação. E que esta “não cumpre qualquer
função social ou econômica”. Licença para discordar. A especulação tem como função
aumentar a concentração econômica. E com ela, o poderio político de uma minoria.
O economista
mexicano fala sobre um novo apocalipse. Estamos no mês em que se completam os 67
anos da bomba de Hiroshima. Algo que deveria nos lembrar de que crise econômica e barbárie
social se combinam muito perigosamente.
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