O
jornalista diz que “embora a Alemanha esteja bem, o mesmo não vale para todos
os alemães”. Segundo o artigo, em setores como os de motoristas de táxi, salões
de beleza, limpeza industrial e restaurantes, mais de 75% recebem baixos
salários.
Um
quarto dos alemães ocupam empregos por prazo determinado. Além disso, 6,8
milhões ganham menos que o salário mínimo. Cerca de seis milhões recebem uma renda
mínima do governo. Por outro lado, os 10% mais ricos possuem 53% da riqueza
privada do país. Já os 50% mais pobres, dividem 1%.
Ou
seja, por trás do sucesso alemão estão números gordos no atacado e muita injustiça
social no varejo. Trata-se de uma combinação perigosa num país com forte tradição
conservadora.
A
situação atual é muito diferente da que levou os nazistas ao poder nos anos
1930. Mesmo assim, as autoridades calculam que há 25 mil partidários da extrema
direita na Alemanha. Destes, cerca de 9.500 são neonazistas, fichados por atos de
violência. Costumam agir contando com a omissão ou cumplicidade das forças
policiais.
Felizmente,
a esquerda está reagindo. É o que demonstram as manifestações ocorridas em 29
de setembro. A principal reivindicação é um novo imposto sobre grandes
fortunas. Mas é preciso ir além. Construir a resistência popular para enfrentar
a onda conservadora que já começa a surgir.
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