As privatizações petistas são
mais discretas que as tucanas. Elas privatizam mais os recursos do Estado do que
seu patrimônio. Um exemplo é o programa “Minha Casa Minha Vida”.
Em 30/01, a Carta Capital
publicou o artigo “Como não fazer política urbana”, de Ana Paula Ribeiro,
Guilherme Boulos e Natalia Szermeta. O texto revela que após anos de existência
do programa, “o déficit habitacional aumentou em quase 1,5 milhão de moradias”.
Para entender como isso
aconteceu, o melhor é ler o texto. Mas, basicamente, o artigo diz que o
programa acabou beneficiando cinco gigantes do mercado: Odebrecht, Camargo
Correia, OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Essas empreiteiras entregaram
1 milhão de novas casas. Mas 2,5 milhões de famílias perderam suas moradias devido à enorme especulação imobiliária.
Algo parecido ocorre no setor
educacional. Grandes grupos de ensino foram turbinados pelos recursos públicos
do Prouni e do Fundo de Financiamento Estudantil. As ações na Bolsa do setor
dispararam. O valor de mercado do grupo Anhanguera cresceu 29%, do Kroton, 73%
e da Estácio, 47%.
Apesar disso, a Gama Filho e a UniverCidade deixaram professores sem salários e alunos sem aulas no Rio de Janeiro. E vem mais por aí. O Plano Nacional de Educação em debate no Congresso quer mais vagas públicas nas escolas. Mas elas podem ser oferecidas também pelo setor privado, mediante financiamento público.
Apesar disso, a Gama Filho e a UniverCidade deixaram professores sem salários e alunos sem aulas no Rio de Janeiro. E vem mais por aí. O Plano Nacional de Educação em debate no Congresso quer mais vagas públicas nas escolas. Mas elas podem ser oferecidas também pelo setor privado, mediante financiamento público.
Na saúde, a ofensiva acontece
via terceirização da gestão dos hospitais federais por empresas. O objetivo é fazer convênios para que os planos de saúde passem a utilizar a rede de atendimento do SUS.
A criatividade petista
assusta. E dá vergonha.
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