Uma das principais propostas de Aécio Neves é a
redução da maioridade penal. Ela indica uma lógica de direita, autoritária e
conservadora.
Alguns textos contrários à medida circulam na internete.
Argumentam que onde ela foi adotada, a violência não teria diminuído,
mas aumentado.
Outros dizem que a proporção de crimes cometidos
por menores que justificariam a penalização não ultrapassa 1% do total.
O problema é que a lógica conservadora inverte
estes raciocínios. Aécio, por exemplo, está dizendo que a redução não é uma
medida radical exatamente por que só atingiria 1% dos infratores.
E se a violência aumentou onde a maioridade penal
foi reduzida, dizem os direitistas, imagine se ela não tivesse sido adotada.
Está provado que reforços punitivos só geram mais
comportamentos violentos. Mas interessa ao Estado aumentar a violência social
para ampliar seu controle sobre os explorados e oprimidos.
Eis por que a resposta padrão dos tucanos para os
problemas sociais é mais policiamento, mais prisões, mais punições. Um conservadorismo
que foi elemento importante na vitória tucana em São Paulo.
A desigualdade continua brutal no País. A violência
decorrente dela também se brutaliza e justifica o encarceramento em massa.
Com isso, os presídios se tornaram quartéis
generais dos bandidos. As facções criminosas dentro das prisões controlam a
delinquência fora delas.
O sistema penal combate o crime fornecendo soldados
às organizações que ficam no interior de suas próprias dependências.
É uma espécie de Parceria Público-Privada. Uma PPP
do PDSB com o PCC.
Os tucanos bem que poderiam trabalhar diretamente com
seus parceiros presidiários. Motivos para que também fiquem atrás das grades
não faltam.
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Contundente. O meu maior inimigo do meu inimigo não é meu amigo. É isso, o nosso ataque principal precisar se a ele.
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