Junto
com Rosa Luxemburgo e Eleanor Marx, foi uma das pioneiras do feminismo socialista
radical.
Também
apoiou Lênin e a Revolução Russa contra seus próprios companheiros de partido, na
Alemanha.
Mas
sua luta mais importante foi contra o fascismo. Em 1932, os nazistas alemães estavam
em plena ascensão. Nas eleições daquele ano, chegaram a 37,4% dos votos contra 2,6%,
em 1928.
Em
julho de 1932, aconteceria a abertura dos trabalhos do parlamento. Clara, sendo
a mais antiga parlamentar, tinha o direito de fazer o discurso da primeira
sessão.
A
imprensa nazista disparou terríveis insultos contra ela e a ameaçou de agressão
durante seu pronunciamento. Mas, aos 74 anos, muito fraca, sujeita a desmaios e
quase cega, Clara subiu à tribuna ajudada por seus camaradas de partido.
Diante de um plenário apinhado de deputados nazistas vestindo uniformes da SA e da SS,
ela iniciou seu discurso centrado na necessidade de esmagar o fascismo:
Todas as diferenças que nos dividem e nos bloqueiam -
sejam políticas, sindicais, religiosas ou ideológicas - devem ceder diante
dessa imperiosa necessidade histórica.
Mas as alianças não incluíam qualquer setor não alinhado ao fascismo. Segundo Clara,
a precondição urgente e indispensável para participar dessa frente unida era “o combate ao
modo de produção capitalista”.
Tratava-se
de uma posição oposta à linha estalinista ditada em Moscou, que considerava
socialdemocratas e nazistas farinha do mesmo saco. Um erro que facilitaria
muito a ascensão de Hitler ao poder.
Continuaremos
a destacar a luta antifascista de Clara Zetkin nas próximas pílulas.
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Muito bom. Não a conhecia.
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