A história do Brasil no século 20 foi marcada por quatro tentativas de tomada do poder pelos comunistas.
A primeira começou com a fundação do Partido Comunista no país, em 1922. A segunda ocorreu no período entre 1955 e 1964. A terceira foi impedida pelo golpe militar, em 1964, mas somente seria derrotada definitivamente em 1973, com a derrota da Guerrilha do Araguaia. A quarta tentativa é a mais perigosa e ainda está em curso.
Derrotada em suas tentativas de tomada do poder pela via armada, a esquerda adotou a “guerra cultural”. Aparelhou instituições governamentais, entidades culturais, universidades, a mídia e até organizações religiosas, como a CNBB...
A partir desses lugares, os comunistas fazem seu trabalho de minar e sabotar a família, a religião, a pátria, a propriedade. Trocaram as armas pelos livros, impondo suas concepções por meio de lavagem cerebral.
Calma. Os desatinos acima fazem parte do “Orvil”, o manual de terrorismo de Estado da extrema-direita nacional. Um inacreditável compêndio de delírios paranoicos.
Não fosse pelo Orvil, acreditam seus leitores, todo esse engenhoso e maléfico plano dos vermelhos estaria sendo implementado sem a menor resistência.
Concluído em 1987, o Orvil começou a ser escrito em 1969, tendo como doutrina a Lei de Segurança Nacional, decretada naquele ano. Nela, a palavra “morte” aparece 32 vezes, tendo sempre como alvo pretensos "comunistas".
Pode-se dizer que o Orvil é o verdadeiro programa de governo de Bolsonaro. É o guia perfeito para sua política de morte, colocada em prática em grande escala graças às oportunidades oferecidas pela pandemia do Covid-19.
Mais sobre este manual de necropolítica na próxima pílula.
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