É significativo que a constituição americana, a primeira a reconhecer os direitos do homem, ao mesmo tempo confirmou a escravidão das raças de cor existentes na América: privilégios de classe foram condenados, privilégios de raça santificados.
A citação acima é de Engels e foi publicada no livro “Libertação Negra e Socialismo”, de Ahmed Shawki. Outra citação presente na obra é do líder abolicionista Frederick Douglass:
O que é o 4 de julho para o escravo americano se não um dia que lhe revela, mais do que todos os outros dias do ano, a grosseira injustiça e crueldade de que é vítima constante. Para ele, sua celebração é uma farsa; sua liberdade vangloriada, uma licença profana; sua grandeza nacional, vaidade crescente; seus sons de alegria são vazios e sem coração; suas denúncias de tiranos, atrevimento de fachada; seus gritos de liberdade e igualdade, zombaria oca; suas orações e hinos, seus sermões e ações de graças, com todo o seu desfile religioso e solenidade, são, para ele, mera pompa, fraude, engano, impiedade e hipocrisia - um fino véu para encobrir crimes que desgraçariam uma nação de selvagens. Não há, neste momento, uma nação na terra culpada de práticas mais chocantes e sangrentas do que os Estados Unidos.
Segundo Shawki, Douglass defendia a necessidade tanto da autoatividade negra quanto da união com os brancos no combate à escravidão. E estava convencido de que era preciso passar da persuasão moral para a resistência armada. “O senhor de escravos foi julgado e condenado”, declarou ele em 1857. “Ele está treinando seus próprios carrascos.”
Que o mesmo aconteça aos racistas atuais.
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