Renato Tasca, Rebeca Freitas, Júlia Pereira e Evelyn Santos publicaram um artigo na Folha, em 12/09/2023, com importantes informações e fatos a serem lembrados sobre o Covid-19.
Em primeiro lugar, a pandemia acabou, mas o coronavírus ainda circula no Brasil, infectando muitos e, às vezes, matando. Entre janeiro e junho deste ano, cerca de 10 mil morreram em decorrência da Covid-19. Mais do que doenças como diabetes e muitos tipos de câncer.
Em segundo lugar, em 2022, no Brasil, foi notificado quase o mesmo número de casos de Covid-19 do que em 2021. No entanto, os óbitos caíram seis vezes de um ano para o outro graças à vacinação, que finalmente chegou, apesar do criminoso boicote bolsonarista.
Falando em bolsonarismo, não podemos esquecer as 700 mil mortes, entre as quais destacam-se as de 4,5 mil profissionais de saúde, principalmente, auxiliares ou técnicos de enfermagem e enfermeiros.
O texto cita ainda um estudo que calcula que mais de quatro em cada 10 pessoas tiveram problemas de ansiedade por conta da pandemia, para não mencionar o aumento da violência doméstica e da taxa de suicídio. Também merece destaque a elevada mortalidade da população negra e entre os mais pobres, em relação à média da população.
Tudo isso deveria estar sendo julgado em uma espécie de “Tribunal de Nuremberg” relacionado aos crimes cometidos durante a pandemia do coronavírus no Brasil.
Um julgamento paralelo ao que começou ontem sobre o 8 de Janeiro. Ainda que com a dificuldade operacional, mas não intransponível, de exigir a presença de muitos de seus réus tanto em um como no outro tribunal.
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São muitos tribunais, muitos júris, para julgar os mesmo fascistas.
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