No Brasil,
dezenas de milhões votam a cada dois anos e vão cuidar da vida. Enquanto isso,
alguns milhares fazem política profissional. A grande maioria deles, a serviço do
grande capital. Fábio Konder Comparato concedeu entrevista ao jornal Brasil de
Fato, em 02/10. O título é categórico: “Na verdade, o povo não tem poder algum”.
Segundo Comparato,
na democracia do sistema capitalista:
...o
poder é sempre oculto e dissimulado. Os grandes empresários dizem que não são
eles que fazem a lei, mas na verdade são eles que fazem o Congresso Nacional.
São eles que dobram os presidentes da República. E os grandes empresários
atualmente são os grandes banqueiros, os personagens do agronegócio, os
industriais e os grandes comerciantes.
A recente lei
da Ficha Limpa mostrou ser mais um elemento a reforçar as ilusões nas eleições.
Um de seus idealizadores foi o juiz Márlon Reis. Agora, ele admite que o “eleitor
vota às cegas”. Em matéria publicada pela Folha, em 10/09, Reis afirma que as
contas dos candidatos só são publicadas muito tempo depois das eleições. Isso impede
que os eleitores saibam quem realmente financia aqueles em quem votaram.
O
voto universal foi arrancado a ferro e fogo por muitas lutas populares. Deve ser
respeitado como conquista importante. Mas sem democracia econômica continuará
limitado.
Apesar
de tudo, é importante votar nestas eleições. E a opção universal, mesmo com todos
os seus limites, são as candidaturas do PSOL.
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Não se esqueça dos outros partidos socialistas, como PCO, PSTU e PCB.
ResponderExcluirNão me esqueci, compa Rodolfo. E os respeito. Mas acredito que eles tenham ainda mais limitações que o PSOL.
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