O
jornalista diz que se aprofundam as divisões na sociedade
estadunidense. O desemprego continua elevado. A distância entre
ricos e pobres aumenta. A polarização política nunca foi tão
grande. Por isso, Obama venceu com uma diferença de apenas 2%.
De
um lado, multidões raivosas com banqueiros e empresários. De outro,
espalha-se o ódio racista a negros e imigrantes. Parte da esquerda
votou em Obama temendo Romney. E este não soube entusiasmar a
direita.
Obama
também se beneficiou do perfil de seu eleitorado. Ele ficou com os
votos de setores majoritários: os pobres e moradores das grandes
cidades. Também cresceu entre os eleitores hispânicos e asiáticos.
É
importante destacar os referendos organizados em cinco estados.
Quatro deles legalizaram o casamento gay e dois, o consumo recreativo
da maconha. Resultados que mostram um avanço na luta contra o
conservadorismo.
Mas
nada é tão significativo como a enorme abstenção eleitoral. Dos
206 milhões de eleitores americanos, 84 milhões não votaram.
Trata-se de um sistema político cada vez mais desacreditado. Pode
sinalizar uma disposição militante para fazer política nas ruas.
Tal como aconteceu com o movimento Occupy.
A
nação mais poderosa do mundo continua em crise, dividida e reserva
muitas surpresas. Tomara que sejam daquelas que colocam o mundo de
pernas para o ar. Por debaixo, os poderosos e aqueles que se aliaram
a eles.
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o artigo em inglês, clicando
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