“Sindicato dos professores
declara oficialmente apoio aos Black Blocs”, estampou o jornal O Dia, em 09/10.
A entidade tomou a decisão em assembleia realizada no mesmo dia. A decisão tem relação
com o quebra-quebra ocorrido na Cinelândia em 07/10.
O manifesto aprovado pela
assembleia diz: “O Estado e seus gestores (Sérgio) Cabral e (Eduardo) Paes
iniciaram uma ofensiva militar contra os movimentos sociais e a nossa greve,
através de choques, bombas e sprays de pimenta. Devemos nos defender e seguir
nas ruas”.
Os BBs não estão isentos de
críticas. Longe disso. Mas é como disse o coordenador geral do Sindicato, Alex
Trentino: "nos protestos dos professores os causadores dos conflitos não
foram os black blocs e sim a polícia".
Trotski dizia que os
sindicatos carregam uma pesada retaguarda. Não são partidos políticos, cujos
membros se alinham ideologicamente. Entre seus filiados há desde
revolucionários a conservadores convictos. Mas, neste caso, a entidade dos educadores
mostrou-se mais avançada que os partidos de esquerda.
Os black blocs estão sendo
enquadrados na lei 12.850, publicada em agosto passado. Ela é conhecida como Lei
de Organização Criminosa. Pretende punir “atos de suporte ao terrorismo, bem
como os atos preparatórios ou de execução de atos terroristas”.
O alvo dos BBs são prédios
públicos e privados. Eles entendem que ambos são símbolos do poder político e
econômico e por isso devem ser destruídos. A missão da polícia é defender o
patrimônio publico e privado, mesmo que isso signifique usar bombas, balas, gás
e tortura contra pessoas.
Qual dos dois pratica
terrorismo? Qual merece nosso apoio, ainda que com divergências? Estamos em
outubro, pô!
Leia também: Somos
todos mascarados... e pedófilos?
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