Acabou de aparecer na imprensa. Com 1,6 milhão de metros quadrados, um gigantesco lixão situado no Pacífico tem tamanho equivalente ao do estado do Amazonas. A quase totalidade desses detritos é formada por plástico. Material que se tornou o grande vilão da sujeira ambiental.
Diante dessa tragédia, uma medida importante seria diminuir drasticamente a utilização do plástico. Principalmente, nas embalagens, tão presentes em nosso consumo diário, atualmente. Mas um estudo escocês mostra que não é bem assim.
Segundo a pesquisa, sacolas plásticas, quando comparadas a suas equivalentes em papel, geram menos gases de efeito estufa, assim como consomem menos água e energia em seu processo de fabricação.
Mas as surpresas não param por aí. Em 19/07/2023, o New York Times divulgou estudo que demonstra que “Vazamentos de gás natural podem ser tão ruins para o clima quanto o carvão”. Considerado alternativa limpa ao carvão, bastam “que apenas 0,2% de gás natural vaze para que ele se torne um fator de mudança climática tão grande quanto o carvão”, concluiu a pesquisa.
O fato é que o maior problema em relação à sustentabilidade ambiental não diz respeito apenas aos materiais e recursos utilizados. É a escala e velocidade da circulação de capital. Para manter as taxas de lucros dos grandes monopólios, o consumo precisa ocorrer em ciclos cada vez mais curtos, massivos e sujos.
Não basta apenas estimular hábitos sustentáveis de consumo, se o próprio consumo continuar sendo a razão de ser da humanidade e uma das grandes ameaças a sua existência enquanto espécie.
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