Doses maiores

11 de agosto de 2010

A hipocondria de Serra contagiou Lula

Plínio de Arruda Sampaio foi muito bem no primeiro debate dos presidenciáveis transmitido pela TV. Em um momento inspirado, o candidato do PSOL disse que Serra parece hipocondríaco. Só fala de saúde. Referia-se ao hábito de Serra de elogiar a própria gestão como ministro da Saúde.

O tucano fez parte do governo FHC. Período em que os serviços públicos sofreram fortes ataques. A saúde pública foi uma das áreas mais atingidas. Essa política pouco mudou sob o atual governo.

É o que mostra recente pesquisa do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O estudo mostra que o maior descontentamento está na área da saúde pública.

Cerca de 43% dos entrevistados reclamaram da demora no atendimento tanto na rede privada quanto na pública. Ou seja, está ruim até para quem pode pagar por atendimento privado. Tudo isso é obra dos tucanos, continuada pelo governo petista.

Mas, deixemos os sintomas de lado e cuidemos da doença. O fato é que os recursos para a Saúde correspondem a 3,73% do orçamento da União. Enquanto isso, mais de 28% dos recursos públicos vão para o pagamento dos juros da dívida pública. Rombo que o governo FHC multiplicou por dez. Buraco que dobrou de tamanho sob o governo Lula.

Os maiores beneficiados com essa dívida são aqueles que negociam papéis do governo no mercado. Ganham milhões com os juros mais altos do planeta. Formam uma elite cada vez mais rica e com a saúde perfeita. No máximo, sofrem de hipocondria. Doença que a maioria da população não se pode dar ao luxo de ter.

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