Em 21/09, completaram-se os 150 anos
do nascimento de H.G. Wells. Suas obras mais famosas são “A Máquina do Tempo”,
“O Homem Invisível” e “A Guerra dos Mundos”.
Mas poucos conhecem o lado autoritário
e elitista do autor inglês, que se mostra mais claramente em seus livros
menos conhecidos. É o caso de “Conspiração Aberta”, publicado no Brasil pela
Vide Editorial. No site da editora, a apresentação do livro diz:
Neste trabalho, a conspiração está
completamente esquematizada: ela deveria ser executada por diversas
organizações separadas, mas que trabalhassem juntas, ao invés de ser feita por
um grupo apenas.
Os tópicos abordados vão desde a ideia
da conspiração até detalhes de sua implementação, tais como a função da
religião e da educação nesse esquema, o modo como ele deveria se desenvolver -
de um movimento de discussões e debates à programação de atividades -, a vida
humana tal como deveria se dar na nova e planejada comunidade global - entre
outros.
Não seria exagero paranoico ver na
descrição acima uma antecipação de nossas atuais redes virtuais, dominadas por enormes
corporações. Seja em interações via Facebook, WhatsApp, Twitter, seja pela
enorme apropriação de informações sobre nossos hábitos e preferências,
principalmente por meio do consumo.
Seja como for, esses mecanismos
ameaçam condicionar nossas decisões fazendo uso de engenhosos algoritmos. Trata-se
de uma conspiração que não apenas é explícita, como defendia Wells. Também conta
com a nossa colaboração, mesmo que sejamos nós suas maiores vítimas.
Duvida? Pesquise no Google, agora, e obtenha a melhor
comprovação para qualquer teoria. Você mesmo vai colocá-la em prática ao tentar
verificar sua existência.
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