Doses maiores

22 de setembro de 2016

Sem saber, participamos da mais óbvia conspiração

Em 21/09, completaram-se os 150 anos do nascimento de H.G. Wells. Suas obras mais famosas são “A Máquina do Tempo”, “O Homem Invisível” e “A Guerra dos Mundos”.

Mas poucos conhecem o lado autoritário e elitista do autor inglês, que se mostra mais claramente em seus livros menos conhecidos. É o caso de “Conspiração Aberta”, publicado no Brasil pela Vide Editorial. No site da editora, a apresentação do livro diz:

Neste trabalho, a conspiração está completamente esquematizada: ela deveria ser executada por diversas organizações separadas, mas que trabalhassem juntas, ao invés de ser feita por um grupo apenas.

Os tópicos abordados vão desde a ideia da conspiração até detalhes de sua implementação, tais como a função da religião e da educação nesse esquema, o modo como ele deveria se desenvolver - de um movimento de discussões e debates à programação de atividades -, a vida humana tal como deveria se dar na nova e planejada comunidade global - entre outros.

Não seria exagero paranoico ver na descrição acima uma antecipação de nossas atuais redes virtuais, dominadas por enormes corporações. Seja em interações via Facebook, WhatsApp, Twitter, seja pela enorme apropriação de informações sobre nossos hábitos e preferências, principalmente por meio do consumo.

Seja como for, esses mecanismos ameaçam condicionar nossas decisões fazendo uso de engenhosos algoritmos. Trata-se de uma conspiração que não apenas é explícita, como defendia Wells. Também conta com a nossa colaboração, mesmo que sejamos nós suas maiores vítimas.

Duvida? Pesquise no Google, agora, e obtenha a melhor comprovação para qualquer teoria. Você mesmo vai colocá-la em prática ao tentar verificar sua existência.

Leia também: Jornada de trabalho e vampirização de almas

Nenhum comentário:

Postar um comentário