Doses maiores

28 de janeiro de 2025

Lênin e as civilizações alienígenas

Juan R. Posadas foi um líder trotskista argentino, que viveu entre 1912 e 1981, e ficou conhecido principalmente por algumas de suas ideias envolvendo a possibilidade da existência de civilizações extraterrestres, cujo avanço tecnológico só poderia ter sido alcançado pela adoção do socialismo em seus mundos.

A.M. Gittlitz publicou recentemente uma biografia de Posadas chamada “Eu quero acreditar: posadismo, OVNIs e comunismo apocalíptico”. Entre os vários trechos curiosos está este:

Em uma visita à Rússia em 1920, H.G. Wells, embora um crítico do marxismo, ficou impressionado com o progresso soviético em direção a um comunismo que Lênin havia recentemente definido como sovietes mais eletrificação, e a inspiração que Lênin aparentemente havia tirado de seu trabalho. Wells afirma que Lênin elogiara seu livro “A máquina do tempo” por ajudá-lo a perceber "que as ideias humanas são baseadas na escala do planeta em que vivemos (...). Se tivermos sucesso, teria dito o revolucionário bolchevique, em fazer contato com outros planetas, todas as nossas ideias filosóficas, sociais e morais terão que ser revistas, e neste caso essas potencialidades se tornarão ilimitadas e porão fim à violência como um meio necessário para o progresso...”

Pois é, de repente, até para Lênin a verdade podia estar lá fora. Mas, ao que se sabe, ele jamais ampliou o conceito de revolução internacionalista para o nível intergaláctico em sua obra.

Leia também: Lênin: organização ampla e flexibilidade tática

5 comentários:

  1. Lembro de um amigo de faculdade que ficava pedindo que um ET lhe levasse porque a vida na terra estava insuportável. A desesperança é tão grande que a gente às vezes só consegue pensar em um outro mundo só mesmo fora desse que conhecemos.

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  2. Bons tempos. Hoje as pessoas só torcem pela chegada do meteoro

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  3. "Eles", como se diz em Interestelar, dominam as outras dimensões. O homem do futuro é necessariamente comunista (e trotskista-leninista rsrsrs). Se houvesse como provar que a morte é apenas um portal para outra dimensão... só nessa constatação já abriríamos um belo caminho a utopia da fraternidade universal: romperíamos com a superstição religiosa e o domínio da fé; romperíamos com a ideia do aniquilamento físico da morte, que sustenta as guerras e as ganancias; poderíamos preparar uma educação que incluísse a evolução espiritual para favorecer a vida na outra dimensão. Mas momento histórico só permite filosofias como o espiritismo, que reproduz a ideia infantil de um Criador e nunca evoluiu para a confirmação da existência cientifica dos espíritos. Att. Jorge

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  4. Mas como a morte ainda é somente a única certeza, acho que foi Camus que disse que a única verdadeira questão filosófica é o suicídio

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