Doses maiores

18 de maio de 2020

Bolsonaro, governadores, prefeitos: uma aglomeração genocida

Quarentena, isolamento social e lockdown somente serão o que essas palavras pretendem denominar se atenderem a alguns requisitos:
- Renda mínima digna para todos os que não têm como se sustentar sem sair às ruas. Impostos e Estado existem para isso. Para colocar os recursos públicos a serviço da coletividade e da grande maioria.

- Rigorosa fiscalização do cumprimento das restrições impostas e punição aos que insistem em ignorá-las apenas para manter seus lucros. Sabotadores que atacam fiscais e agentes de saúde devem ser imediatamente detidos e processados.

- Realização em massa de testes confiáveis e seguros.

- Prioridade máxima aos serviços de saúde e seus trabalhadores, garantindo sua segurança. Integração imediata da rede hospitalar privada à rede pública sob gestão do SUS, com fila única de atendimento.
Sem as medidas acima, isolamento, quarentena ou lockdown continuarão a ser palavras ocas utilizadas por muitos governadores e prefeitos para efeitos meramente publicitários.

Restringir a circulação de automóveis sem assegurar capacidade máxima no transporte público, por exemplo, só mantém a superlotação de passageiros. É o tipo de medida que permite a Bolsonaro dizer que o isolamento social não funciona.

Com isolamento, quarentena ou lockdown falsos, o coronavírus continuará a se espalhar e Bolsonaro e sua tropa de coveiros doentes manterão o discurso de que a diminuição da circulação de pessoas e mercadorias não detém a doença e ainda mata de fome.

A atual situação de restrição frouxa mostra que autoridades locais irresponsáveis e um homicida que ocupa o governo central estão juntos e aglomerados. São igualmente cúmplices de uma política genocida voltada contra grande maioria do povo.


Leia também: A pandemia e os gatilhos do caos

2 comentários:

  1. Exatíssimo, Sergio. É catástrofico ver a degradação de supostos governadores de "esquerda" fazerem pantomima. Estão até apavorados, mas esqueceram o que é a verdadeira, a GRANDE política e só sabem ficar na rastejante pequena política.
    abs

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