Um anúncio de página inteira assinado por 4 confederações e mais de 30 sindicatos patronais foi publicado nos principais jornais do país em 26/05/2020.
O manifesto defendia o ministro do meio ambiente Ricardo Salles, criticado por sugerir que o governo aproveite a pandemia para “passar a boiada”, flexibilizando leis ambientais. Uma das cenas mais reveladoras do mais famoso vídeo pornográfico exibido recentemente.
Ao lado de Paulo Guedes, Salles forma a dupla destacada por Bolsonaro para destruir o patrimônio público nacional, incluído nele os bens econômicos, ambientais e culturais.
No dia seguinte à divulgação do vídeo, a bolsa de valores fechou em alta. Afinal, também os rentistas não viram nada demais em uma reunião que só discutiu o covid como oportunidade para burlar legislações.
Trata-se de uma demonstração de força assustadora para um governo que muitos julgam ser apoiado apenas por seu gado.
Enquanto isso, as “instituições democráticas” vão aceitando bovinamente todas as ofensas e ataques do governo contra elas. No início de maio, o STF foi invadido por um rebanho de empresários pastoreado por Bolsonaro, mas foi recebido por seu presidente com cafezinho e reverências.
Os presidentes do Congresso respondem às ameaças e xingamentos dirigidos contra suas casas legislativas com gentis convites ao presidente para reuniões e almoços de entendimento.
Os governadores, por sua vez, têm muito a temer devido às muitas negociatas com dinheiro público que a pandemia lhes vem possibilitando. Eles também têm sua própria boiada.
Com quase 26 mil mortes pelo coronavírus no País, uma poderosa frente única do grande capital vai se formando. Em apoio a Bolsonaro, ao fascismo e ao abate.
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