“Um desacordo entre manifestantes e os convocantes dos protestos?”, pergunta
artigo de Pablo Ortellado, Esther Solano e Lucia Nader publicado no El País, em
18/08. O texto refere-se à manifestação contra o governo Dilma realizada em São
Paulo, em 16/08.
Os autores organizaram uma pesquisa junto aos manifestantes que mostraria grandes diferenças entre o que pensavam os manifestantes e o que defendiam suas principais lideranças. Estas costumam defender a redução da presença estatal na sociedade, incluindo a diminuição dos serviços públicos.
Mas 97% dos presentes concordavam total ou parcialmente que os serviços públicos de saúde devem ser universais e 96% que sejam gratuitos. Já 98% concordavam total ou parcialmente com a universalidade da educação pública e 97% com a sua gratuidade. Até mesmo a tarifa zero nos transportes públicos recebeu apoio total ou parcial de 49% dos manifestantes.
Por outro lado, 71% discordaram da proposta de entregar o poder aos militares.
No dia 20/08, acontecerão atos em defesa da “democracia” pelo país. Na verdade, manifestações que já não conseguem esconder seu caráter governista. Se pesquisas semelhantes àquelas feitas em 16/08 forem feitas, certamente aparecerão resultados bastante parecidos quanto ao apoio a serviços públicos universais e gratuitos.
Mas as semelhanças entre as duas manifestações não devem parar por aí. Nos atos pró-Dilma, o desacordo entre o que pensa a maioria dos manifestantes e suas lideranças também será grande. Afinal, defender serviços públicos dignos para todos não combina com o ajuste neoliberal que vem sendo implantado pelo governo a todo vapor.
Num e noutro caso, há muita confusão. Mas ela parece ser bem maior entre as respectivas lideranças.
Leia também:
Um pacto sujo em gestação
O baile de máscaras deste fim de semana
Os autores organizaram uma pesquisa junto aos manifestantes que mostraria grandes diferenças entre o que pensavam os manifestantes e o que defendiam suas principais lideranças. Estas costumam defender a redução da presença estatal na sociedade, incluindo a diminuição dos serviços públicos.
Mas 97% dos presentes concordavam total ou parcialmente que os serviços públicos de saúde devem ser universais e 96% que sejam gratuitos. Já 98% concordavam total ou parcialmente com a universalidade da educação pública e 97% com a sua gratuidade. Até mesmo a tarifa zero nos transportes públicos recebeu apoio total ou parcial de 49% dos manifestantes.
Por outro lado, 71% discordaram da proposta de entregar o poder aos militares.
No dia 20/08, acontecerão atos em defesa da “democracia” pelo país. Na verdade, manifestações que já não conseguem esconder seu caráter governista. Se pesquisas semelhantes àquelas feitas em 16/08 forem feitas, certamente aparecerão resultados bastante parecidos quanto ao apoio a serviços públicos universais e gratuitos.
Mas as semelhanças entre as duas manifestações não devem parar por aí. Nos atos pró-Dilma, o desacordo entre o que pensa a maioria dos manifestantes e suas lideranças também será grande. Afinal, defender serviços públicos dignos para todos não combina com o ajuste neoliberal que vem sendo implantado pelo governo a todo vapor.
Num e noutro caso, há muita confusão. Mas ela parece ser bem maior entre as respectivas lideranças.
Leia também:
Um pacto sujo em gestação
O baile de máscaras deste fim de semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário