Existem cerca de 8,7 milhões de espécies no planeta. É o que diz reportagem de Alicia Rivera, publicada no jornal El País, em 24/08. A conclusão é de um estudo feito por uma equipe internacional de cientistas liderados por Camilo Mora, da Universidade Dalhousie, do Canadá.
A margem de erro é alta: 1,3 milhão para mais ou para menos. Mas, é melhor do que a estimativa anterior, que ficava entre três milhões e 100 milhões. Isso não quer dizer que as espécies estejam todas catalogadas.
Atualmente, somente cerca de 1,4 milhão de espécies estão registradas. E destas, menos de 60 mil fazem parte da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. Este levantamento acompanha as espécies sob risco de extinção.
São números que poderiam nos aliviar. Afinal, menos de 1% de todas as possíveis espécies existentes estariam ameaçadas. Não seriamos tão destruidores assim. Nada disso. Não se trata apenas de respeito à biodiversidade.
O fato é que a extinção de outras espécies não é um problema só delas. Quando elas desaparecem, a natureza se rearranja. Tais rearranjos podem implicar graves desequilíbrios para nossa vida. Vão desde o surgimento de novas epidemias ao esgotamento de recursos energéticos. Do aumento de desastres naturais ao aquecimento global.
Ou seja, nossa espécie tem motivos bastante egoístas para proteger as outras formas de vida. O problema é o modo como nos organizamos socialmente. Ele é baseado no egoísmo de classe. O bem-estar da minoria exploradora compromete o futuro de toda a raça humana.
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