A ideologia que dá maior peso a essa visão é o neoliberalismo. O mesmo que se declara inimigo mortal do marxismo.
Um dos mais respeitados ideólogos neoliberais é o americano Gary Becker. Recebeu o Prêmio Nobel de Economia, em 1992. Para ter uma idéia da estupidez de suas idéias, segue um trecho de seu livro “An Economic Approach to Human Behavior”, de 1976:
As funções produtivas domésticas mostram paralelos entre empresas e famílias, como unidades organizacionais. Similar à empresa típica, analisada nas teorias da produção, a família investe em bens de capital (poupança), equipamentos (bens duráveis) e capital incorporado a sua força de trabalho (o capital humano de seus membros). Como uma entidade organizacional, a família, como a empresa, se engaja na produção, utilizando o trabalho e o capital. Cada um maximiza suas funções para o alcance de objetivos sujeitos a restrições tecnológicas e de recursos. O modelo de produção não só enfatiza que a família é a unidade básica de análise adequada à teoria do consumo, mas também traz à tona a interdependência das diversas decisões domésticas: decisões sobre o suprimento de trabalho, tempo e gastos em bens em um determinado período de análise, assim como decisões sobre casamento, tamanho da família, incorporação de força de trabalho, e gastos com bens, bem como investimentos em capital humano considerando-se um ciclo de vida.É este tipo de lógica que vem colonizando as mentes humanas nas últimas décadas. É preciso reduzir tudo a cifras. Daí porque políticas públicas sociais e valores como a solidariedade sejam vistos como despesas inúteis.
É o império do valor de troca que Marx tanto denunciava e combatia ferozmente.
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