Este
modelo, diz o texto, começou a receber ataques dos neoliberais “a partir dos
anos 1970 até chegar a seu cume nos anos 1990”. Eram ataques ideológicos,
travestidos como “uma nova racionalidade econômica”.
O
artigo aponta questões importantes, mas deixa dúvidas igualmente consideráveis.
A primeira delas é quanto ao tal “compromisso” entre classes. Se ele existiu,
mostrou-se muito mais vantajoso para os capitalistas, que continuaram
proprietários dos meios de produção. Portanto, muito mais capazes de “trair o
compromisso”. Foi o que fizeram assim que possível.
Além
disso, por que somente a falsa “racionalidade econômica” dos ataques ideológicos
neoliberais teria força para derrubar um acordo tão vantajoso para todos? Seria
muito mais lógico acreditar que o próprio “Estado social” mostrou-se incapaz de
se consolidar como saída para as contradições capitalistas.
Nessa
questão, tanto neoliberais como anticapitalistas revolucionários concordariam.
Para uns e outros, justiça social e capitalismo são incompatíveis. A enorme
diferença é que os neoliberais defendem a manutenção dos dois e os
revolucionários, o fim de ambos.
Esta
é a verdadeira racionalidade econômica vigente. Ela não existe apenas sob o
neoliberalismo. É a própria essência do capitalismo. Querer manter este sem
aquele é escolher um caminho que vai dar no beco cego em que nos esperam as
emboscadas capitalistas.
Leia
também: Vitória
do capitalismo, derrota da espécie humana
Muito bom!
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