Doses maiores

3 de janeiro de 2013

Dilma: retrocessos e permanências vergonhosos

A página do Instituto Humanitas Unisinos publicou um balanço político de 2012. O título diz tudo “Um ano de retrocessos e permanências na agenda ambiental, social, econômica e política”. O documento é extenso, mas vale a leitura.

Em relação ao governo Dilma, aponta muitos recuos e em todas as áreas. É o caso do Código Florestal “feito sob medida do agronegócio” e da Transposição do São Francisco, “obra boa para a indústria da seca”. Na Reforma Agrária, o primeiro ano do mandato de Dilma registrou “o pior desempenho desde a Era FHC”.

Muitos podem lembrar o desemprego em queda e o consumo em alta sinalizando ganhos de renda. Mas a distância entre a “questão social” e a pauta socioambiental mostra que os petistas só romperam com o neoliberalismo tucano onde se aproximou do desenvolvimentismo da ditadura militar. Eis uma das permanências de que fala o título do texto.

Outra permanência ruim aparece no quadro político: “O maior partido de esquerda brasileiro e o seu governo reproduziram, com poucas exceções, o mais do mesmo que sempre se viu na política nacional desde a Velha República”.

Não poderia ser diferente tendo uma base partidária liderada por figuras como Sarney, Barbalho, Jucá, Geddel, Collor, entre outras. Mas nada disso impediu que o PT fosse sangrado por seu estúpido envolvimento com o Mensalão criado pelo PSDB. A mais feia das permanências.

Por fim, a permanência estrutural. Mesmo com maior mobilidade social, diz o documento, o Brasil continua combinando um dos maiores Produtos Internos Brutos com os piores Índices de Desenvolvimento Humano.

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