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9 de novembro de 2023

O sionismo a serviço do imperialismo e do colonialismo

“Kibutz” (“kibutzim”, no plural), quer dizer, em hebraico, "assembleia" ou "coletividade". Originalmente, era uma comunidade agrária israelense sem propriedade privada dos meios de produção. Segundo a Wikipédia,  baseava-se “nos princípios do sionismo trabalhista (combinação de socialismo e sionismo)”.

Os primeiros kibutzim surgiram no século 19. Mas só ganhariam um perfil socialista após a Primeira Guerra, sob influência da Revolução Russa e do forte movimento operário da época. O sionismo que inspirava muitos kibutzim, no entanto, era um projeto nacionalista. Uma característica que se chocava com as concepções de grande parte dos marxistas
internacionalistas da época.

Os criadores dos kibutzim acreditavam que seria possível ampliar o número de suas comunidades até transformar Israel em uma nação unida e igualitária, capaz de resistir aos poderes imperialistas que cercavam a chamada “Terra Prometida”.

Para os socialistas internacionalistas, o imperialismo é que acabaria utilizando os kibutzim para seus propósitos. E foi o que aconteceu. A partir dos anos 1940, muitos deles começaram a cumprir funções militares, contribuindo para a expulsão dos palestinos de suas terras a partir de 1948.

Desde então, a combinação de sionismo com socialismo mostrou-se definitivamente equivocada. O sionismo acabou por se impor como consolidação do Estado de Israel menos como nação soberana do povo judeu e muito mais como ponta-de-lança dos interesses britânicos e estadunidenses na região que tem as maiores jazidas petrolíferas do planeta.

Atualmente, o projeto sionista serve aos objetivos globais do imperialismo e à opressão colonialista do povo palestino na região. Por isso, jamais poderá ter um caráter de esquerda e deve ser combatido como parte da luta anti-imperialista e anticolonialista.

Leia também: Os acordos de Oslo e o Golias sionista

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