“Jus soli” é uma expressão latina que significa "direito de solo" e indica um princípio pelo qual uma nacionalidade pode ser atribuída a um indivíduo de acordo com seu lugar de nascimento.
O jus soli contrapõe-se ao “jus sanguinis” que significa "direito de sangue". Trata-se do princípio pelo qual a nacionalidade é determinada ou adquirida pela nacionalidade de um ou de ambos os progenitores.
Os esclarecimentos acima estão na Wikipédia e são necessários para explicar por que Donald Trump anunciou que pretendia revogar a nacionalidade de filhos de imigrantes sem cidadania que nasceram nos Estados Unidos. Ou seja, o presidente estadunidense pretendia adotar o "direito de sangue" como única forma de permitir a concessão de cidadania a imigrantes.
Não deu certo porque há um princípio equivalente ao “jus soli” na Constituição estadunidense. Mas as ameaças não levadas à frente por Trump não costumam gerar frustrações entre seus seguidores. Ao contrário, acabam por inflamar neles mais racismo e xenofobia. A discriminação racial que ele não consegue incorporar na lei insufla ainda mais o ódio racista das ruas e aparatos de repressão.
Na verdade, são muito fortes as suspeitas de que por trás das legislações dos países que optam pelo “jus sanguinis” há motivações racistas. Por consequência, nada mais coerente com o fascismo de Trump que a tentativa de adotar uma prerrogativa baseada na herança sanguínea.
Até porque tudo indica que o novo chefe de um dos países mais racistas do mundo pretende derramar muito sangue de não brancos em solo estadunidense e fora dele.
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