A abordagem que a grande mídia vem fazendo da crise européia é coisa de cascateiro. Alguns de seus comentaristas dizem que houve uma crise em 2008 que colocou em questão o capitalismo de tipo americano: desregulado, aberto à competição, com pouca proteção social etc. Já a crise atual, que começou na Grécia, colocaria em xeque o modelo europeu: com muita intervenção estatal, direitos trabalhistas exagerados, protecionista etc.
O fato é que a crise atual é a mesma que começou em 2008. Não é só a Grécia que está cheia de dívidas. No resto da Europa e nos Estados Unidos, os governos estão devendo mais do que suas economias conseguem produzir. E tais dívidas foram feitas exatamente para socorrer os bancos e seus prejuízos com o tal do “subprime”, aqueles títulos podres que sumiram do noticiário.
A idéia é mostrar que não há saída. Se nos Estados Unidos foi ruim, na Europa está sendo bem pior. A solução então é cortar direitos sociais, privatizar, acabar com serviços públicos.
Uma nova rodada da crise deve vir por aí. Com ela, mais ataques aos direitos dos trabalhadores. Zapatero já está dando sua contribuição. O “socialista” espanhol mandou cortar salários e aposentadorias.
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