A criação de vida artificial é manchete. O responsável pelo feito é o cientista bilionário Craig Venter. Ele mesmo já disse que não se trata disso. O DNA de uma bactéria foi modificado e transferido para outra, sem DNA. O resultado foi um novo ser vivo, não a criação de vida a partir do nada.
A maior preocupação é sobre os perigos que a pesquisa representaria se seus resultados saíssem de controle. Venter é otimista. Diz que poderia produzir bactérias que se alimentassem de petróleo, por exemplo. Elas diminuiriam os efeitos de vazamentos como o que está envenenando o Golfo do México. Mas, essa mesma catástrofe mostra que as criações humanas fugiram ao nosso controle há muito tempo.
De uns 200 anos para cá, a grande maioria das invenções da humanidade serve a um grande objetivo: o lucro. O óleo mineral é usado há milhares de anos. Só quando se mostrou útil para a máquina lucrativa capitalista, tornou-se o sangue negro que gangrena a vida do planeta.
Avanços tecnológicos podem ou não ser desastrosos. No atual sistema, cada nova descoberta dispara problemas num ritmo de metástase. A célula sintética foi criada por um poderoso laboratório privado. Se permanecer sob esta lógica, será parte do câncer que se espalha pela natureza.
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