A multinacional Monsanto produz 90% das plantas transgênicas do planeta. Seu maior sucesso é a soja resistente a pesticidas baseados em glifosato. Desse modo, o agrotóxico pode ser usado em plantações em grandes quantidades sem afetar a planta. Aumenta a produtividade, mas suja o ambiente e causa dependência econômica.
Os produtores brasileiros pagaram cerca de R$ 1 bilhão em royalties à Monsanto somente na safra 2009/2010. Além disso, a empresa divide com a Nortox a fabricação de quase toda a produção nacional de glifosato. E outras 32 patentes envolvendo o produto estão sob domínio da Monsanto. Portanto, as duas multinacionais dominam praticamente todas as etapas de produção do herbicida. Puro monopólio econômico.
Como se não bastasse, os transgênicos contaminam cada vez mais plantações convencionais. Isso acaba obrigando os agricultores que não optaram pelo produto da Monsanto a fazê-lo. Puro monopólio econômico e autêntica peste capitalista.
As más notícias não acabam aí. Já há registros de plantas consideradas daninhas que desenvolveram resistência ao glifosato. Os produtores podem ser obrigados a aumentar a dose do produto, elevando os custos e envenenando ainda mais o ambiente.
Mas, nem tudo é tão ruim. Uma espécie vegetal chamada “Amaranto Inca Kiwicha” está tomando conta de plantações de soja transgênica da Monsanto nos Estados Unidos. O fenômeno já atinge 20 estados. Agricultores americanos tiveram que abandonar 5 mil hectares de soja e mais 50 mil estão seriamente ameaçados.
Dizem que o Amaranto era uma erva considerada sagrada por incas e astecas. Está se tornando uma praga para a Monsanto. Bendita seja!
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