“A
classe trabalhadora norte-americana: o gigante adormecido está se mexendo?”
é um artigo de Reginaldo Moraes com informações bastante interessantes sobre a
força de trabalho norte-americana.
Publicado em 17/12, no Jornal GGN, o texto mostra que os
proletários estadunidenses continuam lá. Só mudaram de perfil. Concentram-se mais
no setor de terciário e são chamados de ”fornecedores de serviço”. Uma designação
que esconde grande desrespeito a direitos trabalhistas e enorme concentração de
riqueza nas mãos da minoria que os explora.
É neste cenário que existe o “Food Stamp”. Uma ajuda
federal instituída durante a grande depressão nos anos 1930 para comprar
alimentos. Como diz o autor, “guardadas as muitas diferenças, uma espécie de
Bolsa-Família ou Fome Zero norte-americano”.
O programa tinha sido desativado nos anos 1960. Voltou nos
anos 1970, quando começou “a grande virada da desigualdade na sociedade
norte-americana”. E, em 2014, “nada menos que 46 milhões faziam uso do Food
Stamp para cobrir seus gastos de ‘mercearia’”.
A maioria dos que utilizam o Food Stamp trabalha, ”em
tempo parcial ou integral, naquilo que consegue arrumar”. Muitos deles em
empresas gigantes, como a Walmart. Uma delas, diz Moraes, criou um “site para ‘educar’
seus funcionários (ou terceirizados) para que fizessem orçamentos ‘inteligentes’”.
E “teve a cara de pau de sugerir a eles que se candidatassem ao Food Stamp para
completar a renda!”
Ao mesmo tempo, continua o artigo, há políticos americanos
que atacam esses programas sociais como “atrativos para preguiçosos e
aproveitadores”.
Pois é, nem na adoção do programa, nem nas críticas
conservadoras a ele somos muito originais. E, provavelmente, nos resultados extremamente limitados, também.
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